-Prólogo
Já faz sete anos que eles chegaram aqui, com seus grandes barcos a vapor e suas armas desconhecidas, transformaram as cidades costeiras em bases militares mataram as crianças, velhos e inválidos, e todos aqueles aptos a fazer qualquer trabalho braçal se tornou escravo, as mulheres foram tomadas de suas famílias, e as que se negavam a obedecer foram mortas e expostas em praça pública.
Quem são eles? Não sabemos, a única informação que recebemos é que merecem ser exterminados e não devemos ter piedade. é impossível entender o que eles dizem, falam em um idioma completamente indecifrável, mesmo nossos maiores sábios não conseguiram decifrar uma única palavra do seu idioma, nós resolvemos nomeá-los de inquisidores, um nome digno de uma raça cruel e sem honra.
Nós somos os Kuthralle', habitantes dessa ilha desde o início dos tempos, ou pelo menos, isso foi o que nos foi ensinado, quando criança eu perguntava os meus pais como viemos parar aqui, e porque nunca viajamos para além do terceiro sinal, e eles sempre nos contavam a velha história de kotter o deus que criou a ilha e demarcou ao seu redor 14 sinais com a distancia de 10000 braços uma da outra ao longo do mar, os sinais são marcados por grandes pilares de pedra no meio do mar.
Reza a lenda que após passar do terceiro pilar, não existiria nenhum meio de voltar, outras versões dizem que existe um grande monstro chamado Mutadd que engoliria qualquer coisa que passasse por ele. Mesmo delimitados somos mestres na arte da navegação construímos navios que atravessaria facilmente o vigésimo pilar se ele existisse, poucos aventureiros tentaram atravessar o limite, e nenhum nunca voltou, sonho um dia me aventurar além do terceiro sinal.
Meu nome é Vrath um jovem de dezoito anos que nunca se interessou por nenhuma arte de guerra, até em uma tribo bárbara um escrivão tem suas funções, mesmo odiando a guerra fui obrigado a trabalhar em um quartel militar, tenho o papel de relatar as batalhas, para que os heróis de nossa tribo nunca possam ser esquecidos, e para isso, algumas vezes tenho que ir junto às batalhas para que nenhum detalhe seja perdido, mesmo distante da ação é um trabalho perigoso, por isso fico escondido em algum local seguro e sob a guarda de algum soldado. Basicamente...sem um escrivão não existiriam heróis...porque faz parte do meu trabalho engrandecer até os pequenos atos...
E aqui estou eu de volta ao campo de batalha que um dia mudou o destino de toda a nossa nação...as grandiosas planícies de skygard, um imenso campo... Coberto por uma grama rala...mais verde impossível!, cercado por pinheiros e cortado por um pequeno córrego, que atravessa ele de uma ponta a outra, é situado bem no centro da nossa ilha, um local sagrado. E imaginar que um dia ele esteve coberto de sangue, de bons, de maus, e de toda espécie de humanos que existem. ( talvez não só humanos...).
E é aqui que começa a nossa história!...
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